terça-feira, 5 de outubro de 2010

Autor da semana: Lolita Pille #1



A escritora da semana é Lolita Pille...



Lolita Pille (Sèvres, dia 27 de agosto de 1982) é uma escritora francesa.
Lançou seu primeiro livro, intitulado Hell (título original Hell Paris 75016) em 2003 e rapidamente se tornou um fenômeno de vendas na França. Em seguida Hell foi traduzido para diversas línguas e se tornou um best seller no mundo todo. O livro é uma crítica ao estilo de vida de jovens parisienses ricos que preenchem seu tempo usando drogas, indo a boates e fazendo compras em lojas de grife. Segundo a própria autora o livro é baseado no seu dia a dia, embora não seja auto-biográfico.
Em 2005, Lolita Pille lançou seu segundo livro, Bubble Gum. Este conta a história de uma aspirante a modelo/atriz que faz de tudo para alcançar a fama mas acaba sendo envolvida por pessoas ainda mais ardilosas que ela mesma.

Ela escreve bem, de uma forma cínica e debochada. Já vi muitas criticas cruéis, mas acho q tudo vai do ponto de vista. Ela não toca muita gente, ela somente escreve suas memórias de uma forma crua... ela tem um jeito cruel de ver o mundo, o amor é sempre ligado a grandes pesares e abandonos. Numa vida de luxo, ela aparece perdida, solitária e frágil. Seus dois romances mostram isso, eu prefiro Bubble gum pela história, mas Hell sempre será o mais foda!

Obras



* Hell - Paris 75016 (2003): Esta obra, best-seller na França, faz um relato cínico da juventude parisiense do terceiro milênio. O livro é um misto de romance e relato confessional. A autora Lolita Pille é jovem, rica, usa drogas, gasta fortunas em roupas e causou muita polêmica ao lançá-lo. A protagonista é um alter ego da autora, despreza os que não pertencem ao meio e faz sexo como quem troca de roupa.

Hell é um Gossip Girl sem ilusões, é uma Serena sem a falsidade! Ela é rica, poderosa e tem tudo o q quer, e não vê o menor problema nisso!



* Bubble Gum (2004): Segundo romance de Lolita Pille, polêmica autora de Hell, combina assim dois temas clássicos da literatura: o da incoerência ultrajada e o do pacto faustiniano com o mal. Manon, 21 anos, entrega sua alma - e também seu corpo - a Derek, em troca do brilho enganoso dos refletores. Mas, como em seu romance de estréia, Lolita Pille constrói uma narrativa mais complexa do que parece, avessa a clichês e permeada por uma crítica sutil aos valores da sociedade contemporânea. A relação com o pai e a negação das origens - tudo o que Manon quer é se desligar do passado - permeiam os conflitos vividos pela protagonista. Quando a existência tem a profundidade de um pires, até as angústias são pré-fabricadas. Não é a toa que volta e meia Derek esbarra num contra-regra, como se a vida fosse um filme.

Bublle Gum é massa... um cara pega uma moça maluca e a transforma numa estrela... bem ao estilo My Fair Lady... e depois, com o mesmo gosto a destrói... mas esse não é o final, rs... recomendo!

Quotes...

“Amor, isto é tudo o que a gente encontrou para alienar a depressão pós-cópula, para justificar a fornificação, para consolidar o orgasmo. Ele é a quintessência do Belo, do Bem, do Verdadeiro, que remodela a sua cara escrota, que sublima a sua existência mesquinha. Bom, eu, eu o rejeito. Pratico e louvo o hedonismo mundano, ele me poupa. Ele me poupa das euforias grotescas do primeiro beijo, do primeiro telefonema, de escutar uma dúzia de vezes um simples recado, de tomar um café, uma bebida: as reminiscências da infâncias, os amigos comuns, as férias na côte d'azur, seguidas de um jantar: os escritores prediletos, o mal-estar de viver, o porquê de sair todas as noites, a primeira noite, seguida de outras mis, não ter mais nada o que dizer..."”

“Eu sou o símbolo manifesto da persistência do esquema marxista, a encarnação dos privilégios, sou os eflúvios inebriantes do Capitalismo. Como digna herdeira de gerações de mulheres da sociedade, eu passo mais tempo na boa vida cobrindo de esmalte as minhas unhas, folgada tomando banho de sol, ou com a bunda sentada numa poltrona com a cabeça entregue às mãos de Alexandre Zouari, ou olhando vitrines na rue du Faubourg-Saint-Honoré, enquanto vocês passam o tempo todo trabalhando para pagar as porcariazinhas de que precisam. Eu sou o mais puro produto da geração Think Pink, meu credo: seja bela e consumista. Mergulhada na loucura policefálica das tentações ostentatórias, eu sou a musa da deusa Aparência, no altar da qual eu imolo alegremente todo mês o equivalente ao que você recebe como salário. Um dia, eu vou detonar o meu visual. Eu sou francesa e parisiense e estou me lixando pro resto, eu pertenço a uma única comunidade, a mui cosmopolita e controversa tribo Gucci Prada - a grife é meu distintivo. Sou um pouquinho caricatural. Confessa que você me acha uma completa babacona com meu visual Gucci, o sorriso branco de louça de banheiro e os cílios de borboleta. Mas é engano seu me subestimar, estas são armas ameaçadoras, é graças a elas que eu vou descolar mais tarde um marido que seja pelo menos tão rico quanto papai, condição sine qua non da razão desta minha existência tão deliciosa e exclusivamente fútil.”

A felicidade é uma ilusão de ótica, dois espelhos que refletem entre si a mesma imagem do infinito. Nem tente buscar a imagem original, não existe nenhuma.
Não diga que a felicidade é efêmera. A felicidade não é efêmera. O sentimento que se sente e é tomado como felicidade quando se está apaixonado, quando se teve sucesso em alguma coisa, é uma liberdade condicional antes de conhecer a pena: o ser amado não se parece com nada, o que você conseguiu não serve pra nada. Isso não a faz infeliz, mas consciente. A felicidade não acaba, ela se retifica.
Nós inventamos a luz para negar a escuridão. Colocamos as estrelas no céu, plantamos postes a cada dois metros nas ruas. E lâmpadas dentro de nossas casas. Apague as estrelas e conteple o céu. O que você vê? Nada. Você está diante do infinito que seu espírito limitado é incapaz de conceber, de forma que você nada mais enxerga. E isso o angustia. É angustiante estar diante do infinito. Fique calmo; os seus olhos sempre encontrarão as estrelas obstruindo a trajetória deles e não irão mais longe. De forma que o vazio dissimulado por elas será ignorado por você. Apague a luz e arregale os olhos ao máximo. Você nada verá. Apenas a escuridão, a qual é mais percebida do que vista por você. A escuridão não está fora de você, ela está em você.

****

Bárbara Paz viverá Hell no teatro... fiquei passada quando li essa notícia... seria mais fácil ela se passar por mãe da Hell, rs... Notícia do site Globo




A atriz aparecerá assim para interpretar a protagonista de "Hell", peça dirigida por seu marido, Hector Babenco. Primeira adaptação teatral do romance de Lolita Pille - best-seller na França -, a história mostra o "retrato devastador da juventude rica e consumista de Paris, que preenche suas vidas com sexo, álcool, drogas e roupas de grife".
O livro, escrito em 2003 por Lolita, com apenas 21 anos, foi um presente de Bárbara a Babenco. Na adaptação, o diretor teve a parceria de Marco Antônio Braz, concentrando a dramaturgia em dois personagens: Hell (Bárbara), e Andrea, o homem que a ama, vivido por Ricardo Tozzi.
O espetáculo estreia no próximo dia 7, em São Paulo. (Texto de Elizabete Antunes)



Patético...

4 comentários:

  1. Aaahhh ela é bonita né??? o.O
    Eu vi Bubble Gum na promo no submarino por R$ 9,90 (acho que ainda está) mas fiquei com medo de comprá-lo e ser uma inhaca!
    Acho que não li nenhum livro da Lolita então fiquei com medo... :x
    Mas vi em vários skoobs como lido e tal, quem sabe em uma próxima compra!! Hehehehe!


    xoxo

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  2. A Lolita é linda! *-*
    Nunca lí nada dela, mas acho a sinopse de Hell muito boa, pretendo ler mais adiante. :)
    A Bárbara Paz não é meio velha pra interpretar adolescente não? Vai ficar meio Malhação isso aí.

    Beijos.
    Saudades de vc também!

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  3. Eu gostei das fotos... e nem sabia que ela que tinha escrito Bubble Gum, adorei conhecer um pouco mais!
    beijos

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  4. Eu via uma resenha de Bubble Gum que a pessoas não indicava esse livro =/
    agora fiquei na dúvida hahahaha

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